Na leitura diária dos blogs sobre cirurgia bariátrica uma das coisas que eu fico pensando é no valor que cada médico dá para os resultados de seus pacientes...
E engraçado que a maioria não é da mesmo forma como meu cirurgião e a equipe que me acompanha faz!
A perda de peso é o menor fator focado em minhas consultas mensais.
Na psicologa a primeira coisa que ela quer saber é como anda minha cabeça, meu comportamento, se estou bem psicologicamente. A preocupação de desenvolver algum outro vicio é bem forte, então se trabalha muito essas sessões de divã mesmo pra saber o que ta acontecendo no meu dia a dia.
Depois disso, vem a nutricionista pra querer saber como anda minha alimentação, se estou me nutrindo bem, se estou seguindo a dieta e tomando meus suplementos, e sobre atividade física. Os vacilos são monitorados pois a maior preocupação é com relação a cicatrização de meu estomago. Não me liberaram ainda alimentos como fritura, carnes grelhadas (com relação a fibra ser mais consistente), pimenta, café, condimentos fortes, azeite de dendê, refrigerantes e nem bebidas alcoólicas, por acharem que é muito cedo pro meu estomago aguentar antes de uma cicatrização completa que se dará depois de 6 meses da cirurgia.
Peso, só verificam para registrar em nosso prontuário e nada mais!
O argumento de todos por lá é sempre o mesmo, "Você terá 2 anos pra emagrecer, então não se preocupe isso vai acontecer!"
Particularmente, acho ótimo por que é um aprendizado, se desvincula a importância do peso menor para se focar na saúde e na adesão de novos hábitos. E isso é o que importa na real!
Para quem sofre de compulsão alimentar (como eu), encarar a operação como tabua salvadora é a maior furada, tem que encarar como ferramenta e aprender com ela nesse curto espaço de tempo que temos para emagrecer!
Temos que focar muito para arrancar de nós o "eu sabotador" que bota tudo a perder em questão de instantes. Atenuar o máximo possível a preguiça de se fazer um exercício físico, para que a manutenção sempre seja positiva. Pode ser que não sofremos nada por agora, somos jovens, mas ninguém sabe ao certo como será nossa vida com 40, 50 e 60 anos depois de uma cirurgia dessas que diminui drasticamente a ingestão de nutrientes em nosso organismo!
Tudo é uma questão de somatização, nosso corpo é uma maquina perfeita e aguenta o tranco muito bem por um tempo absurdo! Mas sem dar a devida assistencia vai chega uma hora que sem avisar ele simplesmente pára com uma explosão, ai só restará caixão e vela!
Nós gastroplastizadas tbm podemos sofrer com isso, principalmente por falta de calcio, ferro, vitaminas...temos que ter atenção dobrada pra não sofrermos com anemias perda óssea e muscular!
Um corpo magro nunca foi sinonimo de saúde também!